domingo, 21 de junho de 2009

Dancing with Bowie

Tentei começar a escrever escutando Jorge Drexler, mas apesar de amar suas músicas incondicionavelmente, ponho David Bowie pra me inspirar. Faz tempo que tento escrever aqui mas as palavras parecem não sair em sincronia. Acho que escrevi e apaguei, escrevi e apaguei, escrevi e apaguei, escrevi e apaguei umas três vezes. Mas bem, sou teimosa já fazem muitos anos e não é hoje que vou só escrever, apagar e dizer que foi a quarta vez.

Então peço pro David Bowie cantar mais alto e me levanto da cadeira por uns segundos. Fecho meus olhos, e começo a mexer minha cabeça pra lá e pra cá. Meus olhos fecham com mais força, porque ainda sinto a claridade do quarto. Balanço junto meu corpo e grito junto com David: "Inspirations have I none, just to touch the flaming dove. All I have is my love of love, and love is not loving".

Espero a música acabar e sento novamente no computador - não literalmente, é claro. Me sinto mais leve de alguma forma. Não vim falar sobre o "and love is not loving" porque não vem ao caso. Mas bem que renderia um bom post. Não sei direito sobre o que vim falar, mas hoje, pelo menos hoje, não quero escrever e apagar pela quinta vez. Quero poder dizer por aí que cantei com David Bowie e deixei meu post incompleto porque preferi dançar com ele a terminar esse post.

Pra comemorar nosso amor líquido, sinto o gosto de uma cerveja gelada descendo por dentro do meu corpo e me dá vontade de jogar pela janela a preguiça que assolou em mim durante todo o domingo e ir conhecer as pessoas que habitam minha cidade. Porque sabe como é, o Brasil está em Florianópolis. Mas começa a tocar Starman e fico com vontade de ficar em casa sozinha, cantando em um karaokê que mostra uma bolinha colorida nas palavras a serem cantadas. E assim que eu ver a nota que eu tirar, sorrir feliz, jogar a Lazy pro alto, e dar um beijo no focinho dela.

Então termino esse post da maneira mais incompleta que um post poderia ser terminado, mas com uma ilustre (sintam o trocadilho afiado) ilustração de nosso queridíssimo inspirador de posts mal-sucedidos. Um beijo, boa noite e fiquem com David.


quarta-feira, 3 de junho de 2009

2009.2

O dia que eu menos esperava chegou: fiz a matrícula pro último semestre da faculdade. O último. Lembro agora, como se fosse ontem, o dia em que fiz a primeira matrícula, parecia que ia durar uma eternidade a faculdade. Mas que nada, passou que quase nem vi. Mas daqui a seis meses vou poder dizer que já estou formada. Que coisa bonita de se dizer. Estou livre da graduação. De agora em diante é só de pós pra cima.

Nesses próximos seis meses em diante será o que eu sempre quis: não terei nada me prendendo a essa cidade. Posso escolher pra onde vou, fazer o que, por quanto tempo... quer dizer, essa é uma coisa que eu definitivamente não preciso mais me preocupar: com o tempo. Daqui em diante, o tempo eu quem faço; a minha vida, eu quem moldo; o meu futuro é meu. Sempre foi. Mas agora pra essa realidade se tornar mais palpável, faltam apenas seis meses. seis. Nove sempre foi meu número da sorte, mas uma vez li numa revista besta de horóscopo, que seis era o número do meu signo.

E tô só enrolando vocês, falando das asneras de numerologia só pra mostrar minha felicidade. Tô me sentindo leve em um mundo esburacado. E agora nem quero pensar nos milhões de buracos que tem no mundo e na minha vida. Quero pensar só que tá nas minhas mãos escolher o que eu vou fazer da minha vida. Pra onde eu vou com a minha vida.

E sabe pra onde eu vou? Pro mundo!

Um beijo e durmam bem, queridos leitores. Porque meu bom humor e esse blog geralmente não caminham juntos, mas hoje é um dia especial e preciso comemorar escrevendo aqui! Boa noite!